Domingo, 14 de março (de 1736)
Tivemos orações devocionais sob uma grande árvore…
Na leitura da epístola vi, plenamente descrito, o que eu deveria ser e o que poderia esperar. “Não damos motivo de escândalo em atitude alguma, a fim de que nosso ministério não seja achado em falta. Ao contrário, como servos de Deus, recomendamo-nos de todas as maneiras: em muita perseverança; em sofrimentos, privações e tristezas; em açoites, prisões e tumultos; em trabalhos árduos, noites sem dormir e jejuns; em pureza, conhecimento, paciência e bondade; no Espírito Santo e no amor sincero; na Palavra da verdade e no poder de Deus; com as armas da justiça, tanto no ataque como na defesa, por honra e por desonra, por difamação e por boa reputação; tidos por desonestos, mas sendo verdadeiros; como desconhecidos, porém bem conhecidos; caminhando como quem está prestes a morrer, mas eis que vivemos; torturados, mas não mortos;
entristecidos, mas sempre felizes; pobres, mas enriquecendo a muitas pessoas; nada tendo, mas possuindo tudo.” (2 Cor 6:3-10)
Preguei, com ousadia, sobre singeleza de intenção para cerca de vinte pessoas, entre as quais, o Sr Oglethorpe. Logo depois, enquanto ele estava no chalé da Sra Hawkins, uma bala (causada pelo descuido de uma das pessoas que estavam treinando hoje) atravessou a parede, passando perto dele…
A Sra Germain, agora resolveu voltar atrás no consentimento de batizar sua criança: no entanto, batizei a criança da Sra Colwell, por tríplice imersão, diante de uma numerosa congregação.
À noite, senti-me extremamente fatigado e, não encontrando cama melhor que não fosse o chão, aí dormi confortavelmente, diante de um belo fogo e levantei-me na manhã seguinte perfeitamente bem.
O diário do Rev. Charles Wesley
Tradução de trechos do original por Simei Monteiro
The Journal of the Rev. Charles Wesley: Some Time Student of Christ Church, Oxford, to which are Appended Selections from His Poetry with an Introduction and Occasional Notes
Autor Thomas Jackson – Editora Baker, 1980